Manejo de pastagem: conheça os tipos e suas diferenças
Para os pecuaristas é essencial dispor aos animais uma pastagem de qualidade para o ano todo. E para garantir isso, o manejo de pastejo deve ser aplicado de acordo com o objetivo de produção, levando em conta as características do local, valor de investimento e recursos naturais para executar a atividade pecuária com eficiência.
De acordo com a Embrapa, o manejo de pastagem é um conjunto de ações que visa obter do rebanho a maior quantidade de carne ou leite que o animal pode produzir em uma determinada área, sem afetar o desenvolvimento da forrageira e a qualidade do solo.
O crescimento do pasto depende de vários fatores como, tipo de solo, clima do local, adubação de manutenção e espécie da forrageira. Estes fatores propiciam diferentes potenciais de crescimento da pastagem.
Pensando nisso, preparamos este artigo para que você entenda mais sobre manejos de pastagem e suas diferenças. Acompanhe!
Qual é a função do manejo de pastagem?
Seu maior objetivo é propiciar pastagem contínua e de qualidade aos animais para o ano todo, portanto é garantir que a forrageira esteja sempre vigorosa e abundante. Para manter a maior disponibilidade de forragem ao longo do ano é necessário saber o momento certo da entrada e saída dos animais.
Isto é determinado de acordo com a espécie da forrageira utilizada, quanto das suas características de produção anual de matéria seca, tempo de rebrota, crescimento e tamanho mínimo para rápida e melhor regeneração.
Para realizar esta tarefa com mais exatidão, pode-se utilizar uma régua de manejo de pastagens. Com ela é possível medir a altura do pasto e comparar com as tabelas de referências de alturas relacionadas a cada espécie de forrageira. Para assim determinar o momento correto de descansar o pasto ou de disponibilizá-lo aos animais.
Quais são os tipos de manejo de pastagem?
Duas estações são definidas na pecuária brasileira: das águas e da seca. Nelas pode ser observada a diferença na alta e baixa produtividade respectivamente. Com isso em mente, é mais fácil planejar a produção pecuária, manejando o gado e pastagem de acordo com a época do ano.
Manejo de pastagem contínuo
Esse sistema de pastejo é usado, em sua maioria, na pecuária extensiva, em que os animais ficam alocados em determinada área durante todo o ano. O rebanho tem acesso contínuo e sem restrições a toda pastagem pelo período em que estiver no pasto.
A taxa de lotação ao longo do ano pode ser fixa, com uma UA (Unidade Animal) por hectare por exemplo, ou ainda ser variável.
Neste caso, pode-se trabalhar com menos animais no período das águas para sobrar pastagem durante a seca ou ainda aumentar a taxa de lotação na época das águas para aproveitar a maior oferta de pastagem e desta forma reduzindo o número de animais durante a seca.
Manejo de pastagem rotacionado
Esse sistema possui divisórias nas áreas de pastagens em que os animais têm períodos de descanso e de ocupação marcados, alternando para cada divisão seguinte do pasto. Estas divisões podem ser feitas por meio de faixas ou piquetes.
É uma estratégia de manejo para uma produção de forragem de forma eficiente, principalmente em períodos que exigem menos disposição nos lotes, como na seca.
A manutenção da pastagem deve acompanhar o sistema de rotação entre o descanso e locação dos animais para garantir a eficiência.
Deve-se realizar a análise de todas as informações sobre a pastagem e os lotes para fazer uma programação ideal da rotação como o tipo de planta, sua resistência, a espécie do animal, possíveis patologias, entre outros.
Quais as vantagens e desvantagens de cada tipo de manejo?
Pastejo contínuo
Não necessita de mão de obra em grande escala, pois os animais permanecem sempre na mesma área, não requerendo o deslocamento frequente para outros piquetes, a menos para fins de sanitização da área.
Por outro lado, a excessiva pressão que o lote do rebanho exerce sobre a forragem pode danificar o processo de revitalização das plantas e atrasar a rebrota.
Devido a falta de controle do pasto, este sistema pode implicar em diversos custos para a recuperação, pois pode ser demandado a realização de ações como, recuperação de solo, roçagem, replantio e remoção de espécies invasoras.
Pastejo rotacionado
Neste manejo a grande vantagem é o maior volume de forragem e sua qualidade. Com a alternância dos locais, a entrada e saída dos lotes de animais se tornam mais uniformes e diminuem a quantidade de produtos degradados, além das pastagens em descanso terem um maior valor nutritivo.
Este manejo traz um maior controle sobre a quantidade de pasto disponível, o que facilita o ajuste da carga animal.
Outro benefício é a redução nas perdas de pastagem ocasionadas pelo excessivo pisoteio dos animais, devido ao menor período de permanência em cada piquete, que ficam ocupados por poucos dias, diferentemente do pastejo contínuo.
Esse tipo de manejo é visto com mais frequência em sistemas de pecuária intensiva, onde há uma necessidade maior de organização e controle de períodos, demandando mais mão de obra e complexidade técnica.
O rebrote não é tão afetado pelo rebanho devido ao sistema de rotação constante, melhorando exponencialmente a qualidade da pastagem.
Como as Bombas à Roda d’água podem contribuir?
As Bombas à roda d’água são ótimas ferramentas para auxiliar no processo de manejo da pastagem, pois é capaz de fornecer água para o gado, independentemente do sistema de criação.
Veja a seguir as vantagens de abastecimento por Bomba à Roda D’água para cada tipo de manejo:
No contínuo
Neste sistema há uma irregularidade do pastejo, pois os animais tendem a realizar um pastejo seletivo, se mantendo na área mais próxima da aguada e dos cochos de suplementação mineral.
Isso ocorre de acordo com a lei do menor esforço, pois os animais já têm ali, uns de seus principais recursos, com isso não se deslocam por grandes distâncias para pastejar.
Como o pasto desta área é consumido constantemente não há tempo para a recomposição das reservas energéticas da planta, a raiz por sua vez se reduz e permite o aparecimento de outras espécies invasoras.
Isto provoca uma baixa colheita de forragem em locais mais distantes, o que é chamado de subpastejo e faz com que a área de superpastejo se torne suja, prejudicando a qualidade da pastagem, o desenvolvimento dos animais e consequentemente a produtividade.
É neste cenário que a solução de Bomba à Roda D’água é extremamente útil, pois com ela é possível reverter essa concentração dos animais em uma única área.
Isso porque é capaz de bombear água a longas distâncias e grandes alturas até o reservatório principal, que por sua vez permite a distribuição de bebedouros por toda a área disponível para pastejo.
Tudo isso de forma confiável, eficiente e de baixo custo operacional, já que não necessita de energia elétrica ou combustível para o bombeamento.
No rotacionado
O sistema de pastejo rotacionado pode ser construído em diversos locais da propriedade rural, onde provavelmente não há uma fonte natural de água nas proximidades.
A solução de Bomba à Roda D’água também é capaz de abastecer o sistema de pastejo rotacionado, bombeando água de qualidade, desde locais distantes como rios, minas e lagos até os piquetes ou áreas de descanso dos animais.
Também de forma confiável, eficiente, sustentável e econômica, sem gastos com energia elétrica ou combustível, reduzindo assim os custos de produção.
Independentemente do tipo de manejo adotado, o importante é obter mais arrobas para obter mais lucros, por isso ganha quem tem pastagem disponível.
Tendo visto sobre os tipos de manejo de pastagem e como cada um pode ser melhor para cada produção, é importante uma assistência especializada para levantar todas as informações necessárias para a propriedade, a fim de buscar o melhor sistema para cada caso.
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